Mouro - Revista Marxista - Núcleo de Estudos d'O Capital - Ano 11 - No. 14 - Janeiro 2020 - ISSN 2175-4837
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DOSSIÊ: 68

José Dirceu em 1968

A juventude em 1968: a construção histórica de um “tipo ideal”
Agnaldo dos Santos

68/18: arte, censura e memória
Luiza Beraldo

Entre maio de 68 e maio de 69
Recepções argentinas de um evento global

Horacio Tarcus

BIBLIOTECA SOCIALISTA

A fenomenologia do tempo messiânico
Tempo e história em Walter Benjamin: uma hipótese de investigação

Antônio David

MARXISMO

O Marx agônico de Mariátegui
Yuri Martins Fontes

“A agonia do cristianismo” de dom Miguel de Unamuno
José Carlos Mariátegui

Notas sobre o Método de Stuart
Hall Althusser, Gramsci e a Questão da Raça

Miguel Mellino

A Introdução de 1857, de Marx: estrutura e intérpretes
Carlos Henrique Menegozzo

Mulheres, Natureza e Capital na Revolução Industrial
John Bellamy Foster & Brett Clark

“A agonia do cristianismo” de dom Miguel de Unamuno
José Carlos Mariátegui

Marx e o comunismo nos periódicos paulistas do século XIX
Vivian Nani Ayres

MEMÓRIA E HISTÓRIA

A Respeito do Suposto Positivismo de Luiz Carlos Prestes
Anita Leocadia Prestes

Lição de Hobsbawm: A Tal História Não se Acabou!
Como é difícil - e necessário - mudar o mundo!

Marcos Silva

NOTAS DE LEITURA

Literatura de combate
Eduardo Bellandi

Diálogos de Historiadores Brasileiros com Thompson: (A UNICAMP é Brasil!)
Marcos Silva

VALOR E VIOLÊNCIA

A Desestalinização: O Significado Histórico do Relatório Secreto de Kruschev
Lincoln Secco

Raízes do Autoritarismo Jurídico Brasileiro: Gênese do Pensamento Autocrático de Miguel Reale
Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves

A Crise de 1997-98 não era a última
Wilson do Nascimento Barbosa

Exército Libertador e movimento libertário magonista
Francisco Pineda Gómez

A Campanha Anticomunista em A Noite Um episódio e alguns desdobramentos (Rio de Janeiro, 1940)
Vandré Aparecido Teotônio da Silva

ARTE E REVOLUÇÃO

A Revista Horizonte e o Clube de Gravura de Porto Alegre
O Projeto Cultural Comunista e seus Aspectos Locais

Andréia Carolina Duarte Duprat

A Flor Mais Sensível
Wilson do Nascimento Barbosa

POEMA

Maranhão
Iuri Santos Faria de Barros

 

 

 

 

A Revista Mouro chega ao seu número “cabalístico”. Quando um grupo de militantes e estudiosos de temas marxistas projetou a publicação, o nosso objetivo era sobreviver aos primeiros números. Atingir o décimo e, se possível, o número do maior partido da esquerda brasileira: 13! Com um dossiê sobre o cinquentenário de Maio de 1968, com nossas costumeiras seções de homenagens (como aos 200 anos de Marx), com nossa solidariedade ao Presidente Lula, encarcerado em Curitiba, com documentos históricos, traduções e artigos de professores e estudantes, aqui estamos: de pé!
Chegamos à nossa meta, entretanto, num dos momentos mais trágicos de nossa história. Ou seria tragicômico? Uma gangue de extrema direita usou a mentira, a delação, a fraude e a violência para se apossar do poder. Mimetizando comportamento da esquerda, roubando-lhe as técnicas, pervertendo os conteúdos, um pequeno grupo conseguiu se apropriar de um movimento de massas e, desde 2013, ganhar as ruas. Depois, penetrou aparatos repressivos: as polícias militares, a polícia federal, o baixo clero do judiciário, o parlamento e, com a cumplicidade da mídia e dos tribunais superiores, afastou a candidatura popular de Lula com um golpe de mão. Foi assim que um militar exótico, apoiado em ideologias estúpidas, conseguiu a maioria do eleitorado.
O fascismo é a revolta dos medíocres dentro da Ordem. Diante das ameaças que se apresentam, não sabemos quando a revista voltará a circular. Não sabemos se este será o último número. Não sabemos se iniciaremos outra revista. Não sabemos quanto tempo vai durar o pesadelo e nem se a revista ficará disponível na rede mundial de computadores. A única coisa de que temos certeza é: resistiremos, sobreviveremos e lutaremos.